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                      Comunica‡äes: O r dio ‚ vida
                      ============================

Por Zofeen T. Ebrahim

Muzaffarabad,  PaquistÆo, 23/12/2005  - O  terremoto que  no dia  8 de  outubro
devastou o norte do PaquistÆo deixou aos sobreviventes necessitados de uma  via
de comunica‡Æo, tÆo essencial  quanto os alimentos e  a  gua. Na Caxemira,  uma
r dio assumiu a responsabilidade de  devolvˆ-los … vida normal. Mohammad  Bilal
estava  produzindo programas  sobre educa‡Æo  e entretenimento  para jovens  da
Corpora‡Æo de RadiodifusÆo do PaquistÆo  (PBC) na cidade de Peshawar,  perto da
fronteira com  o AfeganistÆo,  quando repentinamente  se viu  empurrado para as
profundezas.

"Me ofereci como volunt rio para vir … r dio de Azad Jammu e Caxemira (AJK), na
cidade de Muzaffarabad, e ajudar  a infundir-lhe vida novamente, mas  nÆo tinha
id‚ia em que isso implicava", conta Bilal, sentado em um c“modo sof   resgatado
dos escombros, em seu escrit¢rio improvisado em uma tenda de campanha no  p tio
da emissora. Tudo o que este jovem de 25 anos sabia era que era necess rio para
ajudar as v¡timas no que pudesse.

Em 8 de outubro, dia em que um terremoto de 7,6 graus na escala Richter golpeou
esse belo vale da regiÆo do Himalaia das divisäes da Caxemira e Hazara, nÆo  s¢
houve uma quantidade sem precedentes de v¡timas humanas (mais de 80 mil),  como
tamb‚m  deixou mais  de trˆs  milhäes de  pessoas sem  ter onde  morar.  Tamb‚m
destruiu o incipiente sistema de  meios de comunica‡äes. As linhas  telef“nicas
foram cortadas e os servi‡os de telefonia celular sucumbiram sem esperan‡as  de
serem restabelecidos imediatamente. A Caxemira ficou incomunic vel. Os  jornais
nÆo  foram impressos,  j  que  os jornalistas  estavam mortos  ou feridos,   ou
cuidando de seus familiares feridos ou enterrando os que morreram.

NÆo havia como  publicar as not¡cias  locais que as  pessoas tanto necessitavam
ouvir. As  esta‡äes de  r dio e  televisÆo estavam  destru¡das, como dezenas de
outros edif¡cios  ao seu  redor. O  gerente-geral da  AJK TelevisÆo, Ejaz Ahmed
Niazi,  estava em  Islamabad e  viajou apressadamente  para Muzaffarabad.  "Fui
incapaz de entrar na cidade de autom¢vel por causa dos deslizamentos de  terra.
EntÆo, comecei  a andar.  A meio  quil“metro fui  informado que  a emissora  de
televisÆo estava destru¡da. Meu cora‡Æo quase  parou, e me senti um pai  quando
perde o filho. Uma parte de mim morreu", disse Niazi, que inaugurou o canal  em
2004.

A AJC-TV esteve fora do ar por  quase trˆs semanas, voltando a transmitir em  3
de novembro, tamb‚m de uma barraca no p tio da emissora. "Utilizamos um  “nibus
como centro de transmissÆo e sala de  controle, e uma tenda como nossa ilha  de
edi‡Æo", disse  Niazi. Vinte  e seis  dos 70  funcion rios perderam  a vida  no
terremoto,  e quanto  est£dios sofreram  enorme destrui‡Æo.  Logo Bilal  estava
fazendo entrevistas ao vivo com figuras como o primeiro-ministro, o  presidente
da AJK e o chefe de inteligˆncia da regiÆo, ou, ainda, falando com  presidentes
de  organiza‡äes nÆo-governamentais  locais e  internacionais que  inundaram  a
 rea. "Isto ainda ‚ novo e estou aprendendo", disse humildemente.

"Ele sobreviveu e  se arranjou esplendidamente",  disse Sardar Ali,  diretor da
esta‡Æo de r dio. Com aproximadamente 34  anos de servi‡os nas costas, Ali  foi
vice-controlador  na PBC  em Islamabad  e estava  de f‚rias  quando ocorreu   o
terremoto. Foi chamado para  seu novo cargo no  dia 22 de outubro  e estar  ali
por tempo indeterminado. Isso tamb‚m  aconteceu com Tahir Chughtai, morador  da
regiÆo que pretendia ir ao escrit¢rio central em Islamabad mas decidiu ficar  e
trabalhar em Muzaffarabad. Duas de suas irmÆs foram seriamente feridas e  estÆo
hospitalizadas.

"Costumo me perguntar se o tremor de nossa voz se deve … emo‡Æo de estar aqui e
trabalhar  em  semelhantes  condi‡äes,  ou no  frio",  disse  Chughtai,  em uma
diminuta cabine pr‚-fabricada que funciona como est£dio e sala de  transmissÆo.
Nesse lugar cabem apenas trˆs  pessoas e os aparelhos necess rios  transmitir a
programa‡Æo. O £nico  microfone existente passa  continuamente de um  locutor a
outro. Longe de estar a salvo dos sons exteriores, as transmissäes ao vivo  sÆo
intercaladas  com o  barulho dos  helic¢pteros. "Se  nÆo sÆo  os  helic¢pteros,
sempre tem um  zumbido constante do  transmissor como m£sica  de fundo", contou
Chughtai.





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